segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ator "reconstituído" (11° Encontro - Trajetórias do Ser)

O ator, não é ele aquele que diz ser outro? que tem máscaras, maquiagens, muitas indumentárias para não ser ele mesmo? Será ele, então, sempre, ainda que pareça outros? Não diz palavras com verdades e nuances, cores e profundidades, que não são suas? Mesmo que seja ele mesmo e vista as suas roupas e diga palavras suas, não será tudo mentira? tudo o que parece sentir ali não é reinvento das minucias do tal sentimento? Então, esse não é ator, o outro é? O que faz, o que finge, o que não faz e nem finge?
Não consigo entender qual deles, atores, está errado. Qual não serve mais a esse tempo, se estamos diante de uma discussão em torno de uma nova dramaturgia, que não foge à certeza da diversidade de falas nessa contemporaneidade? Entendo que sem ele não há teatro. Com ele constrói-se a obra teatral e é ele o responsável pelo levantamento da obra ao vivo. A obra pode determinar que tipo lhe serve, qual maneira será usada naquela elaboração.

Máira Tupinambá mostrou o tema proposto no texto (Da Interpretação, do livro O Teatro, Em Suma, de Fersen) e o Ícaro Gaia comentou colocando momentos da sua própria trajetóri. Já disse antes, gosto disso.
Na sequência, "brincamos" de feira. Todos expuseram seus roteiros-objeto ao mesmo tempo, para que todos vissem ao mesmo tempo, num passeio pela sala, acho que para termos uma noção do movimento que será na apresentação.

Foi muito dificil pensar o roteiro para o eu-mundo em forma de objeto. Parece que tenho uma dificuldade com a plástica, com a transformação de uma idéia em um objeto. Talvez toda a discussão que tiuvemos em torno do que é arte pode ter contribuido. Enfim, não levei o roteiro-objeto. Quase todos levaram. Levei idéias de cenas, do que eu quero destacar dentro dessa trajetória, que virou meu eu-mundo. Sei que quero a fala da Lucia Santaella, "em constante pesquisa de soluções provisárias", quero o copo de café que tomo toda noite em sala de aula e que a Wlad, na primeira aula, me solicitou cuidado, quero o holocausto, pelo viés da anestesia dos sentidos, polêmico na exposição do Laion, quero o meu desequilíbrio no taxi quando criança, quero a fala da Adhara de que "queria ter dito de verdade isso pro meu pai", quero um texto do blog da Deliane que reinventa a percepção de objetos, quero cantar um tema de amor, pode ser "Paradeiro" do Arnaldo ou algo do Tom Jobim ou do Chico Cézar que não lembro o nome.

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