segunda-feira, 12 de abril de 2010

Se Não For, Quem Será? (Trajetórias do Ser - 3º encontro)

Não sei ao certo a distância, o tamanho, o percurso, a voz, o nome. Se tinha som, não memoro. Se causa ou efeito, esse eu não vi. Foi pontual? Desconfio! Quem foi, foi, viu, ouviu, não sei quem eram. Eu falei e alguns também. Mas não ouvi a voz de quem deveria de primeiro. De segundo, sim. De terceiro, foi bacana. O quarto, ich,nem se fala! Parece que o pique foi pegando pelo rumo da prosa, mas não acho que tolhimentos sejam apreciados, nem imposições. Se há regras, há de se seguí-las ou quebrá-las. Questioná-las, não na hora. E se conheço mais que tu e tu mais que eu, então que falemos sobre, desde que sigamos o enredo do dia. Meu temor é que o tempo não jorre!!

A cena foi da Rose. Ela pôs suas memórias pra quase não chegar a tempo ao telefone. Mas a apresentação do tema foi fora do tempo, rançou a minha memória. Não conectou, porém, ao comentário seguido do Ives. Esse e o outro foram meros ilustrativos e quase repetitivos ao que já estava escrito e, dessa vez, lido por mim.
Sem conexão mesmo foi o debate, meio sem ritmo, sem cor, quase uma memória velha.
Mas ficou, da Iracema Vôa e do PRC5 (eu citei o 80 Já Era), exemplos do Ives, na minha cabeça, já meio embaralhada, que a obra artística (teatro no nosso caso) que lida com a matéria da memória, para o tempo ou imprime um tempo subjetivo.

Patrick tratou do tema da memória como espaço territorial subjetivo. Assim eu entendi o lido e o falado. Markson trouxe a lembrança do grupo Nós de Teatro forjada em cena como um retrospecto de imagens em outro (con)texto.

O que se seguiu, driblou as possibilidades inexistentes de uma compreensão única do texto/tema proposto. Ótimo! Não somos mesmo diversos e mutiplos? Não é o teatro, como expressão artística, um meio e um fim aos diversos conhecimentos? Pergunto ao meu caro notável clown: se não for o Silvano a trazer aos nossos debates o conhecimento da geografia, quem o fará com propriedade? Se não fores tu a trazer a velha e a nova filosofia (que aliás já fazes), quem será esse? Ou então, não nos servirão em sala de aula, em plenos debates, os conhecimentos católicos da Patrícia, os sobre o Espiritismo, do Renan, a vivência da Katia, os meus, sobre teatro com bonecos, os de jornalismo, que a Deli e, posteriormente, a Adhara possam nos trazer, e os escritos do Ramon, a multiface artística da Rose e etc..etc...
Eu acredito que até a caveira, nossa colega de auditório, se estiver de acordo com o tema do debate, lido o texto proposto, se inteirado do assunto, pode e deve participar com a bagagem que já tem.

Comprimimos o tempo e reduzimos totalmente o espaço, na experiência do dia proposta pela Wlad. Nada mais catalizador de idéias. Num mínimo espaço, com gestos pequenos e movimentos quase reais, reproduzimos coletivamente, mas individualmente, o momento, depois da aula, entre botar a chave na porta de casa e deitar para dormir. Ao deitar (na reprodução), sentava-se. Até o ultimo sentar foi possível observar alguns ainda em plena atuação.
Foi ir a outros tempos e espaços.
Desdobramentos: 1-Aumentar a dimensão dos gestos. 2-Aumentar a utilização do espaço. 3-tudo, gestos e espaços, mera significação, um engano a quem vê.
Para casa: trazer e apresentar individualmente, o ultimo desdobramento, calçado de uma música que ninguém saberá qual é.

O bom e velho papo, a conversa do fim do dia, não está vingando. Só há tempo para o necessário. Mas isso é tema do próximo encontro.

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